Às vezes a vida faz-nos parar, e nessa pausa repensas a tua existência. Analisas os ciclos em que te sentes posta em causa. É no sofrimento que aprendes as maiores lições de sempre. E nas noites com insónia, nos momentos de reflexão percebes quem és, de onde vens e para onde caminhas. Nem sempre o caminho que percorres é o certo para ti, nem sempre os trilhos definidos são os mais fáceis... Ninguém disse que a vida seria fácil, bem sei, mas a vida é mesmo assim... Um caminhar sem direção, um andar por andar em algumas fases, e noutros momentos há caminhos planeados com mapas e placas. Dizem que o melhor que levamos da vida são estas viagens, que não importa a chegada mas a viagem. Não sei se escolhi o grupo certo, ou se me foi imposto, sei que tenho pessoas boas e que me transmitem segurança, carinho e afeto... Mas também tenho pessoas más, que talvez me venham mostrar partes de mim que preciso melhorar. Às vezes apetece sentar na margem e deixar a vida passar, mas vem o frio, a fome, o medo e então temos que continuar a traçar caminho. Este dia ensinou-me que parar é morrer e enquanto houver vida é preciso caminhar, rastejar, arranjar forças, manter o movimento... Mas enquanto parei observei a natureza e fui contemplada com um pôr do sol delicioso, senti a brisa e ouvi o som do silêncio. Dentro de mim nasceu a vontade de seguir nesta maratona mais fortalecida, mais segura de quem sou e para onde vou, ainda que continue sozinha, sei que é preciso fazer esse caminho. A acomodação é um veneno, é uma falsa sensação de conforto. Sei para onde vou, portanto um dia hei-de lá chegar!!!