Segundo estudos e recomendações da OMS.
Pois bem, eu nunca fui muito comum, nem estruturada. Mas aprendi a encontrar neste trabalho algum dos meus prazeres da vida. Desde que nasci que convivo com a morte, sempre, desde que me lembro, sou filha de um pai não vivo. Uma presença inexistente e fantasiada. Que, para quem apenas resta a esperança e a crença de um sobrenatural, algo posterior, se torna uma fantasia agradável com que conviver. Tudo o que é imaginado é sobrevalorizado. E o humano é um ser de hábitos, os vícios mais não são do que hábitos que interiorizamos, rotinas, formas de nos estruturarmos. Aprendi a conviver com este mundo dos mortos, identificando aqui uma zona de conforto, mas este padrão não pode definir-me! Nao quando uso o sofrimento e a sua busca como um vicio, como um hábito.
Preciso diariamente de me interiorizar, de me permitir a fuga... a saída desta realidade dolorosa. Só o consigo fazer encontrando sentido no sofrimento.
Tenho a sorte de possuir uma vida familiar mais que satisfatória e ter encontrado neste trabalho uma forma de revisitar uma parte de mim. Estar com eles e lidar com as suas perdas, faz-me ser confrontada com a minhas, e, pensar nas que me permanecem. Se por um lado, sofro, por outro, reconheço a sorte e valorizo quem tenho por perto e quem tive a oportunidade de conhecer.
Somos o resultado das pessoas que amamos e das que perdemos.
Tenho a sorte de possuir uma vida familiar mais que satisfatória e ter encontrado neste trabalho uma forma de revisitar uma parte de mim. Estar com eles e lidar com as suas perdas, faz-me ser confrontada com a minhas, e, pensar nas que me permanecem. Se por um lado, sofro, por outro, reconheço a sorte e valorizo quem tenho por perto e quem tive a oportunidade de conhecer.
Somos o resultado das pessoas que amamos e das que perdemos.
Obrigada!
Sem comentários:
Enviar um comentário