A minha profissão possibilitou-me estar perto de pessoas em fim de vida, que sofrem doenças crónicas e de famílias exaustas, incapazes de dar mais. Existimos para lhes proporcionar algum suporte e qualidade de vida, nem que seja na morte. E há tanta vida na morte! Tive necessidade emocional de escrever, quer porque temo perder as lembranças, quer porque são demasiado significativas para partirem, comigo, na minha finitude. Aprendi que não se deve antecipar nem atrasar a morte, mas também a vida!
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
Um lugar ocupado no coração de alguém...
Não penso ser insubstituível mas pensei que ocupasse um lugar só meu, pensei que onde passasse deixasse algo de meu, por isso se chama entrega, por isso nos"damos" ao outro.
Pensei que permanecesse...
A mais dura verdade:
-A vida não pára à tua espera.
Esta é uma tradução do sentimento para quem existe, vivendo de memórias e sem espaço na vida dos outros.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário