segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Reflexões


Há alturas na vida em que tens que tomar uma decisão, chega de panos quentes e de chás mornos. Já não serve o vamos esperar para amanhã, vamos ver o que acontece e confiar no karma. Deixar que o karma resolva é como acreditar que um tigre não nos ataca porque somos vegetarianos... Acreditar no karma é bom mas ficar na estagnação não resolve nada. 

Temos que ser donos das rédeas do nosso destino, senão passaremos sempre por vítimas que culpam os outros das suas próprias decisões e consequências. Todo o acto gera uma consequência.

Ser humano não é sempre dizer sim, ser compassivo não é esquecer o nosso lugar e muito menos agradecer quando ninguém pediu que o fizessem. Há uma questão que me irrita profundamente e tem a ver com a possibilidade de acharmos que por ser a nossa verdade ela tem que ser igual para o outro. E aceitar que em nome dessa verdade tudo possa ser dito. A educação e o respeito não são mais levados em conta em nome da nossa dita verdade... 

Não entendo a comunicação do ser humano e atualmente oriento-me mais pelas energias e comportamentos que vejo nos outros do que nas suas palavras. Esta imagem é de Marrocos, um lugar confuso, onde a barreira linguística e cultural foi um obstáculo, onde percebi o poder dos outros sentidos, um lugar que estimulou o sensorial, os cheiros, as cores, os sons. Aqui percebi que tudo é comunicação e compete-nos enquanto recetores da mensagem manter a maior atenção e filtro possível. Se os teus olhos não viram, os teus ouvidos não escutaram e apenas alguém te contou o que ouviu ou viu, provavelmente é apenas uma meia verdade. E nesta fase da minha vida se não vem acrescentar valor, não sou lixeira de mexericos. 


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